sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

A Alta Idade Média

Tradicionalmente se denomina Alta Idade Média o período do século V ao XI, que corresponde à formação e o apogeu do feudalismo. A Baixa Idade Média, do século XII ao XV, corresponderia ao momento de crise e dissolução do sistema feudal, o qual dá indícios do surgimento do capitalismo.

Representação simbólica da Igreja na Idade Média

A base do Feudalismo

Durante a Alta Idade Média mesclaram-se três elementos básicos na formação do feudalismo: resquícios do Império Romano, instituições germânicas e propagação do cristianismo.
Após a decadência do sistema escravista romano e as modificações que ocorreram na estrutura desse sistema a partir dos séculos III e IV, no século V, a crise do Império Romano se aprofundou, principalmente em razão da dificuldade em obter mão-de-obra escrava, dos problemas com a concentração da propriedade rural, dos altos impostos cobrados para a manutenção da imensa máquina burocrática do Estado e despesas com o exército. Gradativamente o Império Romano se desorganizou, chegando a se dividir, em 395, entre Império do Ocidente e Império do Oriente (Bizâncio ou Império Bizantino).

Mapa do Império Bizantino
O deslocamento de povos germânicos para várias regiões do Império romano intensificou sua desestruturação. Embora outros povos tenham penetrado no território romano e colaborado para acelerar a ruína do império e a ruralização da sociedade, os germânicos foram os que mais contribuíram para a definição de uma nova estrutura econômica e social, o feudalismo.
Como elemento de articulação entre o mundo romano e o germânico atuou a Igreja Católica. Ela promoveu uma síntese cultural determinante para a produção da mentalidade e de todo o universo cultural da Idade Média, ao mesmo tempo que lançava as bases que constituiriam o pensamento moderno ocidental.